sábado, 7 de fevereiro de 2009

Obra

A OBRA DE EÇA DE QUEIRÓS
1866/67 - Eça de Queirós estreia-se como escritor com a publicação na Gazeta de Portugal de textos que, após a sua morte, viriam a ser parcialmente compilados no volume Prosas Bárbaras (1903). Em edições posteriores, incluíram-se textos que não tinham sido seleccionados para a primeira edição. De Janeiro a Outubro de 1867, Eça esteve quase exclusivamente ocupado com a redacção do jornal Distrito de Évora. Aqui publicou algumas narrativas, tais como O Réu Tadeu e Farsas.
1869 - Publica na Revolução de Setembro e em O Primeiro de Janeiro algumas poesias atribuídas a um poeta imaginário - Carlos Fradique Mendes.
1869/70 - O escritor realiza uma viagem ao Próximo Oriente para assistir à inauguração do canal de Suez. No Diário de Notícias publica a reportagem De Porto Said a Suez que no volume póstumo O Egipto viria a ser completada com Notas de Viagem e com Folhas Soltas, apenas editadas em 1966. Em 1870 a Revolução de Setembro publica uma série de nove capítulos (que viria a ficar incompleta) sobre a Morte de Jesus e que seria também integrada no final de Prosas Bárbaras. Nestes textos podemos encontrar esboços quer de o Suave Milagre quer de A Relíquia. Ainda em 1870, de colaboração com Ramalho Ortigão, publica em folhetins no Diário de Notícias uma imaginária reportagem jornalística, O Mistério da Estrada de Sintra.
1871 - Da produção deste ano destaca-se a sua conferência no Casino Lisbonense sobre O Realismo como Expressão de Arte. Também com Ramalho Ortigão, inicia a sua colaboração em As Farpas. Pertence-lhe, aliás, o texto inicial dessa série de comentários críticos e satíricos O Estado Social de Portugal. Sai a 1.ª edição em volume de O Mistério da Estrada de Sintra.
1875 - O primeiro romance de Eça, O Crime do Padre Amaro, sai em folhetins na Revista Ocidental. Virá a ser publicado em volume no ano seguinte, com muitas alterações. Na edição de 1880, considerada definitiva, sofrerá uma revisão ainda maior.
1878 - É publicado o segundo romance, O Primo Basílio, primeiro grande êxito literário do escritor.
1879 - Escreve O Conde de Abranhos, que só virá a ser publicado postumamente.
1880 - Publica O Mandarim.
1883 - Escreve a novela Alves & Ca. que só em 1925 será publicada.
1884 - É publicada a 2.ª edição, refundida, de O Mistério da Estrada de Sintra.
1887 - Publicação de A Relíquia.
1888 - Publica Os Maias, magistral romance que constitui a consequência de textos que deixa sem redacção definitiva: A Capital e A Tragédia da Rua das Flores. Em O Repórter, publica os primeiros textos que, após posterior revisão de Júlio Brandão, virão a ser reunidos em A Correspondência de Fradique Mendes (1925).
1900 - Já após o falecimento do escritor, sai a público o primeiro volume de A Ilustre Casa de Ramires. Esta obra tinha tido já uma versão incompleta na Revista Moderna (1877-99).
1901 - É publicado o romance A Cidade e as Serras, com texto revisto por Ramalho Ortigão e Luís Magalhães.
1902 - Saem os Contos.
1903 - Prosas Bárbaras.
1905 - Cartas de Inglaterra e Ecos de Paris.
1907 - Cartas Familiares e Bilhetes de Paris.
1909 - Notas Contemporâneas.
1912 - Últimas Páginas.
1925 - A Capital, O Conde d’Abranhos, Correspondência, Alves & Ca.
1926 - O Egipto.
1929 - Cartas Inéditas de Fradique Mendes e mais Páginas Esquecidas.
1940 - Cartas de Londres.
1944 - Cartas de Lisboa e Crónicas de Londres.
1949 - Eça de Queirós entre os seus (Cartas Íntimas).
1961 - Cartas de Eça de Queirós aos seus editores.
1980 - A Tragédia da Rua das Flores.

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